COMO MELHORAR A COMUNICAÇÃO NO SEU RELACIONAMENTO E EVITAR BRIGAS

Publicado em 23/abr/2020

Estamos pensando em maneiras de deixar o gênero no texto adaptado a sua escolha. A partir desse artigo, sempre que houver necessidade de definir gênero, utilizaremos um X, então você pode lê-lo como A ou O, de acordo com o seu ponto de vista =].

Evitar brigas e melhorar a comunicação no relacionamento são como plantar um jardim. Você precisa regar e cuidar todo dia um pouquinho para vingar e dar frutos. Se você abandonar, mesmo que por pouco tempo, as plantas podem morrer e você terá que começar do zero. 

Como pode demorar até que o jardim comece a florescer e as brigas cessem de fato e deem lugar para paz e felicidade, pode ser que alguma briga ainda aconteça. Por isso começaremos te dando dicas do que (NÃO) fazer, caso uma briga aconteça, e em seguida como se preparar para que brigas não aconteçam e deem lugar a boa comunicação.

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SE HOUVER UMA BRIGA, ISSO É O QUE VOCÊ NÃO DEVE FAZER  

• (NÃO) Sair da briga e colocar a música ou filme mais triste e depressivo que você conhece
Isso só vai te trazer mais tristeza e te afundar num redemoinho de pensamentos negativos e péssimos para resolver o problema.

Pode notar: normalmente, se você está triste ou frustadx, quer se afundar em coisas mais tristes – como músicas com letras sobre brigas de casal ou filmes que fazem chorar. Mas, por mais que a vontade seja de destacar a frustração e chateação, isso não vai te ajudar a resolver o problema.

Agora, ouvir uma música que te anime, mesmo contra todos os instintos vai te ajudar a ter mais energia e pensar mais claramente, vai te ajudar a mudar o foco do problema para a solução e evitará novas discussões nos próximos minutos.

• (NÃO) remoer a parte negativa do que aconteceu
É comum que, após uma discussão fiquemos pensando: “eu devia ter falado isso”, “porque eu não fiz aquilo naquela hora”, mas ao remoer o que aconteceu só fara com que sua mente reforce aquele momento negativo, o que pode acabar reduzindo o peso dos momentos positivos que vocês tiveram.

Sair do fluxo de pensamentos que ficam remoendo o que aconteceu pode não ser tão simples se você não souber como fazer, então, se essa for uma dificuldade para você, siga a dica do tópico anterior. Coloque uma música bem animada ou filme alegre (ou de ação ou com qualquer gênero que não que faça querer chorar).

• (NÃO) Sair da briga e reclamar com outras pessoas sobre x parceirx
Por mais que queiramos que alguém nos aceite e concorde com o nosso ponto de vista, dependendo da conversa, só te fará focar em coisas negativas ou sobre x parceirx ou sobre o relacionamento. Isso só serve para reforçar sentimentos negativos e desnecessários te deixando cegx para coisas positivas.

Mais abaixo falaremos mais sobre o impacto dos sentimentos na memória e você entendera melhor que isso não traz nada de bom para o relacionamento. Por isso, depois de uma briga, o melhor a se fazer é se acalmar e não reclamar com quem só colocará mais lenha na fogueira para queimar o relacionamento.


PARA NÃO HAVEREM BRIGAS

Para, de fato, melhorar a comunicação e evitar brigas no relacionamento, te daremos algumas orientações divididas em duas fases: PREPARO e AÇÃO.

Em PREPARO, te ensinaremos técnicas que vão te ajudar a se preparar para entender melhor x parceirx na hora de se comunicar e a influenciar x parceiro para que ele entenda mais claramente seu ponto de vista. Em AÇÃO, as técnicas são mais direcionadas para o momento de conversar com x parceiro. 

PREPARO

1. Retire ruídos da comunicação. Se preocupe com vocês. O resto deve ser ignorado.
A comunicação tem uma estrutura básica, e bem simples, que permite que ela aconteça: um emissor, um receptor, uma mensagem e um feedback (retorno da mensagem). Qualquer coisa fora dessa estrutura é considerada interferência ou ruído. E a mesma estrutura vale para a comunicação no relacionamento.

Sendo evitar ruídos e interferências na mensagem a primeira regra da comunicação, ao deixar que ruídos interfiram no relacionamento, a comunicação entre vocês estará automaticamente prejudicada. No relacionamento, ruídos podem ser as interferências externas, como família e amigos, ou então trabalho, estudos e qualquer coisa que possa influenciar vocês dois de alguma forma.

Não necessariamente as pessoas que causam “os ruídos” têm intensão negativa, raramente esse é o caso. Mas a falta de conhecimento ou as crenças que eles construíam durante a vida não ajudam no seu relacionamento, e você já deve saber: “se não é para ajudar, não precisa atrapalhar”. A exceção são as fazem seu relacionamento progredir, como pessoas que torcem por vocês dois (não só por um) ou se é seu terapeuta, que conhecerá os aspectos psicológicos mais profundos do seu relacionamento e poderá dar conselhos e orientações imparciais. Você não deve dar ouvidos às pessoas que tomam uma parte ou colocam mais lenha na fogueira quando, por exemplo, vocês brigam.

Ao se comunicar com x parceirx, se você já estiver com a mente “poluída” dos conselhos e opiniões negativas das outras pessoas, não vai ter jeito de vocês conseguirem se comunicar bem. Por isso é importante ignorar tudo isso antes de querer criar uma boa comunicação.

Podemos te listar infinitos motivos por que isso é verdadeiro, mas vamos focar em nesses: 

• Ouvir conselhos de amigos ou familiares que não tiveram um relacionamento excepcional é o mesmo que tentar construir uma empresa ouvindo quem fracassou.

• As pessoas estarão com a visão de vida delas e tentarão aplicar ao seu relacionamento, mas se elas não têm algo positivo para te falar, será o mesmo que tentarem te fazer vestir a roupas delas, só que uma roupa rasgada por experiencias negativas. Entenda, não significa que a intensão é negativa. Eles só querem te ajudar. Mas não tem a experiência certa para isso e podem acabar atrapalhando. 

Para identificar se se o que você ouve dessas pessoas é ruído ou conselho útil é muito simples: faça um exercício agora de observar se o que essas pessoas te falam irá alavancar e tornar o seu relacionamento melhor, ou te se te fará melhor como indivíduo. Se sim, tudo bem ouvir, se não, você deve ignorar (por ignorar, recomendamos interpretar como “ouvir educadamente, mas não trazer para dentro do seu relacionamento”).

2. Comunicação não são só palavras.
Apenas 7% da comunicação é composta por palavras. O restante é composto pelo tom de voz (38%) e expressão corporal (55%).

Nos iludimos se achamos que apenas falando o que queremos falar, x parceirx irá entender. Se escrevemos apenas uma mensagem de texto no WhatsApp, por exemplo, as chances são de que elx entenda apenas 7% do que estamos querendo comunicar. Se você enviar um áudio, o entendimento aumenta um pouco. Mas o ideal mesmo é que as conversas, principalmente se forem mais tensas ou se seu relacionamento estiver em um momento tenso, sejam feitas pessoalmente.        
Então, em resumo, ao falar com x parceirx, evite usar apenas mensagens escritas, e prefira falar pessoalmente.    

Num relacionamento, principalmente se estamos cansados ou chateados, pode acontecer de x parceirx perguntar: “o que houve?”, e você querer responder apenas “Nada”, mas os dois sabem que algo não está certo e não é “nada”, por que suas expressões corporais dizem o contrário. Então saber que seu corpo, expressões faciais, e até suas roupas também comunicam vai te ajudar a se preparar e a melhorar sua maneira de se comunicar por isso.
       
Dicas:
• Esteja sempre atentx para a coerência entre suas palavras e expressão corporal.
• Mesmo em casa, coloque uma roupa que te deixe bonitx e te faça sentir bem. Assim você comunicará para x parceiro (e para si mesmx) que está bem, confiante e com a autoestima elevada.
• Use suas expressões corporais e faciais como aliados para comunicar melhor a mensagem.

3. O silêncio comunica
Uma vez, enquanto comprávamos potes, comecei a conversar com uma pessoa próxima por WhatsApp e ela me contou de um conflito com outra pessoa (também próxima), fiquei nervosa com a confusão e aflita para resolver logo ao mesmo tempo que explicava para o Emer o que acontecia. Emer percebeu meu nervosismo e perguntou se eu queria que ele ajudasse a resolver ou se queria apenas desabar. Eu queria apenas desabafar mesmo, já estava resolvendo. Em outras épocas, Emer teria dado soluções que eu não queria ouvir e possivelmente brigaríamos. Em vez disso, ele ficou em silencio e apenas aguardou gentilmente que eu terminasse de resolver.

Frequentemente, a melhor maneira de se comunicar é ficando em silêncio e apenas ouvindo. 

4. Para ser racional no relacionamento, você precisa focar no que é irracional. Conheça o cérebro dx parceirx (e o seu).
A comunicação é processada pelo cérebro, se você entende o cérebro, você saberá como se comunicar e evitar brigas. Por isso trazemos essa dica aqui.

Existe muita pesquisa e conhecimento a respeito do cérebro humano, então vamos trazer uma visão bem simples e fácil de aplicar aqui: a técnica do cérebro trino.

Nosso cérebro tem três grandes partes:
 
Córtex: 
A parte racional, que faz contas, que explica logicamente. É uma parte muito importante. Mas ao se comunicar é a que menos importa e menos faz diferença na comunicação do casal, porque é onde fica a memória de curto prazo. Qualquer informação que vai para lá desaparece em um dia ou dois, por exemplo: pedidos para retirar a toalha molhada de cima da cama ou guardar os sapatos no lugar, as listas de compras e conversas "não interessantes" para quem ouve. Acredite, para ser racional no relacionamento, você precisa focar no que é irracional.

Límbico:
É essa parte do cérebro que você quer acionar quando se comunica com x parceirx. É lá que fica a memória de longo prazo, qualquer informação que vá para o límbico será lembrada. Também é a parte responsável pelas emoções e que entende bem metáforas e histórias – é o límbico que faz a humanidade ser tão fascinada por histórias e te faz ficar uma hora e meia na frente da TV vendo um filme e compartilhando as emoções dos personagens.

Como usar o Límbico: 

Quando você assiste um filme bacana ou lê um bom livro não é verdade que prende sua atenção? E que quanto mais emocionante, mais você se emociona junto? Quando tem ação, não parece que você está lutando ou correndo junto com o personagem? Seus músculos se contraem e relaxam de acordo com o desenrolar da história, sua respiração acompanha a intensidade da situação e até para de acordo com o momento.

E quando você passa por uma situação de alto impacto emocional na sua vida, não é verdade que você lembra disso para sempre? Algo muito legal que você viveu quando era criança, um passeio diferente, o primeiro beijo, seu pedido de casamento ou o nascimento de um filho? Qualquer situação com peso emocional ficará gravado na sua memória para sempre.

Nos dois casos, vendo ou ouvindo uma história, ou lembrando de um momento de alto impacto emocional, o responsável por tudo é o cérebro límbico. E como ele não é racional, não o controlamos e não encontramos argumentos contra ele. Você não pode contra-argumentar com uma história nem com um sentimento, se você fala para alguém “estou triste” a pessoa não tem como dizer “não você não está”.

No relacionamento, você pode usar tudo isso a seu favor. Ao conversar com x parceirx, se não for uma conversa para matar tempo e quiser que elx lembre-se do que foi conversado, é muito mais eficiente enviar as informações para o límbico (emocional, longo prazo) e não para o córtex (racional, curto prazo). Essas são algumas maneiras de fazer isso:

a) Fale das suas emoções. Não há argumentos conta emoções. Falar de como você se sente com relação às situações é muito mais efetivo do que brigar ou falar o que a pessoa deveria fazer.

b) Use histórias ou metáforas. Se quiser que x parceirx entenda algo, utilize histórias, metáfora, analogias. Somos como seres humanos fascinados por histórias e sempre lembramos das coisas se estiverem dentro de uma história ou associadas à uma. Utilize isso a seu favor na comunicação dentro do relacionamento. Não existe contra argumento para uma história, se desenvolver o hábito de usar metáforas rápidas para explicar o que deseja a comunicação será mais rápida e efetiva. Em geral, é muito mais fácil entender uma história do que uma lista ou razões elaboradas. 

c) Utilize as emoções dx parceirx. Comunicar com impacto emocional enviará informações direto para o límbico, para aplicar impacto emocional nx parceirx, faça coisas que despertem suas emoções, desde homenagens até falando a linguagem do amor delx no dia a dia. 

d) Repita. Sabe quando você fala (ou pensa) "mas eu tenho que repetir 1000 vezes!"? Pois é, pode ser que precise mesmo, e não há nada de mal nisso. Se o cérebro percebe um padrão ou algo que se repete muito, ele entende "olha, isso aqui de novo, deve ser importante, vou mandar para o límbico". Então não fique triste nem chateadx se precisar repetir. Faz parte da boa comunicação.

Reptiliano:
Essa parte do cérebro, na verdade, é a que você não quer acionar. O reptiliano é responsável pela sobrevivência e pela reprodução e qualquer reação causada por ele é muito forte e provavelmente irá sobrepor qualquer coisa que o córtex ou límbico tentem comunicar. É muito parecido com o cérebro dos animais, não tem nada de emocional e muito menos de racional.

Sabe quando, de repente, você olha para o lado e tinha alguém te olhando, os dois disfarçam e fingem que não foi nada.

Quem te fez olhar para aquela pessoa na hora certa foi essa parte do cérebro, que está atenta a qualquer perigo. 
Um outro exemplo do poder do reptiliano: sabe por que alguém perde a consciência quando está sob forte dor física ou quando tem algum problema grave de saúde? De forma didática, é o reptiliano dizendo: “ameaça à integridade física ou a sobrevivência, eu assumo daqui”.

O que você quer quando se comunica num relacionamento, na verdade, é que o reptiliano fique quietinho e não interfira. Se o reptiliano for acionado durante a comunicação, ele irá acionar o modo “lutar ou correr”, o hormônio cortisol é liberado (hormônio do estresse que prepara o corpo para luta ou fuga) e você "perde" a pessoa. Qualquer chance de se comunicar bem se perde, já que ele tira todo o resto da frente da pessoa e ela deixa de ver as coisas claramente. Nada disso acontece por que x parceirx quer, controlar o reptiliano não é uma tarefa muito simples, então não fique zangadx se acontecer. E vale tanto para você, quanto para x pareirx. 

Para o reptiliano ficar calmo, entendendo que está tudo seguro e bem, te damos algumas orientações:

Como (NÃO) usar o Reptiliano:

a) Escolha o melhor horário para conversar. 
Só fale de assuntos mais sérios ou tensos em horários que os dois estão biologicamente bem, alimentados e sem sono. Se estiverem com sono ou fome e tentarem conversar, o reptiliano entenderá assim: "Opa! Alerta de ameaça! Preciso comer, mas a pessoa quer conversar, acionar modo luta ou fuga". E vocês podem acabar brigando desnecessariamente.

Se um dos dois estiver com sono, fome ou cansados (ou com vontade de ir ao banheiro), a prioridade do seu cérebro reptiliano será garantir que essas necessidades básicas sejam atendidas e qualquer coisa que ameace isso será considerado ruim. Isso significa que ele fará de tudo para tirar a “ameaça” da frente, mesmo seja uma tentativa de conversa. Então, para resolver, escolha os momentos em que os dois estejam bem para ter conversas mais sérias.
Para nós, por exemplo, o melhor horário para conversamos são os sábados pela manhã, depois do café. Estamos com a energia renovada e sem fome. Sem risco de o reptiliano acionar. Então já deixamos esse horário pré-agendado para lidarmos com assuntos que nos exija mais mentalmente.

Jamais tratamos de coisas que poderiam levar a uma briga à noite, muito menos antes de jantar. 

b) Utilize suavizadores linguísticos. 
Fale utilizando termos mais suaves, como: (o nome é complicado, mas são bem simples e fáceis de usar): ao entrar em um assunto mais tenso ou que seja uma ferida para os dois, sempre mantenha a conversa num tom suave, utilizando frases como: “que tal se...”, “e se...”, “poderia ser que...”, "o que você acha de...", "hnn, interessante...". Eles farão com que x parceirx não fique na defensiva e as conversas serão mais fáceis.

Falar agressivamente fará com que o reptiliano da pessoa te entenda como uma ameaça. (Nada disso é proposital, a pessoa nem percebe o que está fazendo, então não adianta culpá-la, isso vale para você também).
Se você estiver pensando coisas como “mas eu não sei fazer isso”, “sou mais diretx”, “é assim que sou”, “isso vai ser complicado para mim”, calma, nem sempre foi fácil para nós também, mas é sobre ter um bom relacionamento que estamos falando, e como sempre dizemos “não tem como ser bom em algo sem praticar”. Então faça sua lista de suavizadores e comece a colocar em prática que logo você será excelente em usar suavizadores.

As dicas acima são para que você não acione o cérebro reptiliano dx parceirx. Mas caso acione, eis o que você deve fazer: 
Não continue a conversa. 

Respire fundo, e utilize seus melhores suavizadores para dizer algo como “Amor, não estamos bem agora, que tal continuarmos amanhã quando nos dois estivermos melhores?”.

Isso por que se o reptiliano for acionado e o cortisol (hormônio do estresse - lutar ou correr, lembra?) liberado, não adianta continuar conversando que a situação só irá piorar. O ideal é aguardar de duas a oito horas até que esse hormônio se dissipe e então poderão conversar sem a “neblina” que o cortisol causa na mente.

Se x parceirx não for, você é forte suficiente para contornar isso e aguardar a “poeira” baixar. Sabemos disso porque está aqui, lendo e aprendendo a melhorar seu relacionamento.

AÇÃO 

As técnicas e orientações de agora e diante são para te ajudar no momento de conversar com x parceiro:

1. Sintonize na frequência dx parceirx.
Já teve aquela sensação de que vocês não estão falando a mesma língua quando tentam conversar? Ou já aconteceu de você estar tão animadx para conversar e x parceirx te cortar com grosseria?
Isso acontece porque se vocês não estão na mesma “frequência”, o cérebro dx parceirx irá te perceber como uma ameaça, por estar funcionando de forma diferente do “do bando” dele (sim, estamos falando de uma parte bem primitiva do nosso cérebro) e mesmo sem querer, elx poderá ficar mal humoradx.

Se x parceirx está mais "para baixo", cansado, ou acabou de acordar, e você chegar muito agitadx, falando alto, gritando... há um sério risco de o reptiliano dx parceirx acionar. Então, antes de começar a conversar, perceba em que frequência elx está. Se está mais agitado, eleve sua energia para conversar, se está mais calmo, se acalme antes. Assim será muito mais fácil vocês se entenderem.

Ou forma de entrar na “mesma frequência” que x parceiro é, ao conversar, começar falando de coisas que ele gosta, desde cozinhar, trabalho, até esportes ou maquiagem.

Essa técnica é conhecida como Rapport. O nome pode ser diferente, mas é só questão de prática, que logo você conseguirá entrar em “rapport” rapidinho com x parceirx e suas comunicações e sintonia irão melhorar muito. 

2. Fale numa língua que ele não precise pensar muito ou se esforçar muito para entender.
Ao contrário do que se pode pensar, falar muito não é se comunicar. Se comunicar é falar de forma que o outro entenda.    

Se fizer isso, as chances são maiores de a informação ir para o límbico (memória de longo prazo, lembra?) e de vocês se entenderem muito melhor.

Percebemos o mundo através dos cinco sentidos. Assim: quando você ouve (audição) algo bacana, ou um elogio, você não se anima? Ou se vê (visão) uma cena triste num filme não lhe dá vontade de ficar triste também? Nossos sentidos são a porta de entrada do mundo para nossa mente, logo, também são a porta de entrada de todo tipo de comunicação para a nossa mente.

De todos os cinco sentidos, a maior parte de nós tem preferência por um desses três: Visão, Audição e Tato (cinestésico).  E é com esse sentido preferencial que melhor conseguimos entender o que nos comunicam.
Então, optar por usar o sentido preferencial dx parceirx é uma ótima maneira de facilitar o entendimento do que é comunicado:
          
a) Visual - Pessoas que tem a visão como sentido preferencial, em geral, falam mais rápido, gostam de desenhar enquanto explicam algo e usam bastante as mãos. Para falar nessa linguagem, use termos que remetam à visão, como "você viu...", "olha isso...", "que bonito...". E se puder usar os trejeitos da pessoa, como desenhar enquanto explica, ajuda também.          

Assim como preparar o ambiente com elementos que sejam visualmente agradáveis ajudará a pessoa a se sentir mais à vontade e aberta a ouvir.

b) Auditivo – Quem tem audição como sentido preferencial geralmente é um bom ouvinte, gosta de músicas e está sempre cantarolando algo, é aquela pessoa que não precisa olhar para entender algo, só de ouvir já consegue acompanhar tudo e lembra bem das explicações dadas. Para se comunicar com alguém auditivo, coloque música de fundo ao conversar, utilize termos que remetam à audição, como "você ouviu isso...", “escutou o que ele disse?”. E não fique triste ou chateadx se ao conversar a pessoa não olhar diretamente para você, sendo auditiva, ela está lhe dando o seu melhor apenas ao ouvir.

c) Cinestésico – Pessoas cinestésicas são mais sensíveis, olham para baixo com frequência e costumam falar mais devagar e com mais calma, também gostam muito de toques e contados físicos, ganhar um abraço torna o dia delas incrível. Para falar com eles, toque e abrace a pessoa, fale com mais calma e utilize termos que remetam ao tato e as sensações, como "como você se sente...", "você sentiu isso...".

Se adequar sua linguagem para utilizar o sentido preferencial dx parceiro, elx, inconscientemente, entenderá que você está falando com elx da maneira que elx percebe o mundo, vocês se entenderão muito melhor. 

3. Backtracking - ou rebobinar a fita.
Isso irá salvar todos os desentendimentos do tipo "eu disse ‘a’, você entendeu ‘b’”. E é bem simples: ao final de uma conversa, suavemente repita de forma resumida o que você disse, para ter certeza de que a pessoa entendeu. Se possível, e ainda melhor, peça para a pessoa repetir o que você disse. Seja suave, utilizando expressões como: “só para ter certeza que eu me expressei bem, você poderia repetir o que eu disse?”, “você poderia dizer novamente o que eu falei, só para eu saber se falei tudo direitinho”, e coisas nesse sentido.

As duas dicas abaixo são menos técnicas, mas ajudam muito: 

4. Se você quer que alguém mude, precisa começar por você.
Não é possível obrigar o outro a mudar, mas se você evoluir, automaticamente x parceirx sentirá vontade de mudar também. Elx irá te acompanhar para não ficar para trás, e então os dois terão crescido no relacionamento. 

Se você começar a agir não do modo como as coisas são, mas como você gostaria que fossem, as mudanças acontecerão. Ter fé, num relacionamento, é sempre um risco, mas o amor é bem contrário à natureza humana, então ter fé a resposta.

5. Diga, mesmo que seja óbvio.
Quanto mais óbvio parece, menos obvio é.

Há alguns dias, eu tinha feito uma estrutura prévia de um artigo novo para postarmos, Emer deveria fazer o roteiro para uma live com o mesmo tema, então dei o artigo que estava escrevendo para ele ler. Ele leu o artigo e começou a rabiscar no quadro um roteiro e a me perguntar sobre suas ideias. Olhei para ele pasma. O que ele estava rascunhando não tinha na a ver com o artigo que dei para ele ler (e ele disse que tinha gostado). Perguntei por que ele não estava seguindo a estrutura do artigo e estava começando do zero. Ele respondeu: “Mas você não disse pra eu seguir seu artigo, só disse para eu fazer um roteiro”, eu respondi algo como, “mas o tema é o mesmo! E eu te dei para ler quando você disse que ia começar a fazer o roteiro”.

Para mim, era muito obvio que não fazia sentido perder tempo começando um roteiro do zero, sendo que eu tinha escrito um artigo com o mesmo tema. Era só pegar os tópicos do artigo, ora pois! Mas eu realmente nunca disse isso para o Emer.        

Para ele, eu só queria mostrar o artigo, nada mais.

Principalmente se estamos há um tempo no relacionamento, esperamos que x parceirx já saiba algumas coisas sobre nós, coisas que gostamos ou não gostamos ou simplesmente que os amamos. Mas a verdade é que quanto mais obvio lhe parecer, menos obvio é e que não custa nada falar.

6. Fale a linguagem do amor dx parceirx.
Como já falamos bastante desse assunto, para saber mais, acesse nosso conteúdo do blog (https://transformerelacionamento.com.br/p5-blog-tr) e a página do you tube https://www.youtube.com/watch?v=6sXHg1QtCms


Vai lá e Transforme Seu Relacionamento!
Grande abraço, Debora e Emerson Srocinski
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Ipad

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