Para se combater um inimigo, parafraseando Sun Tzu, é preciso conhece-lo. Por isso, trazemos para você situações que podem caracterizar Dependência Emocional. Observe se mais de uma delas se apresenta no seu relacionamento, se sim, cuidado! o amor no seu relacionamento pode estar sendo destruído por ela.
PERFIS DE DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
Dependentes emocionais podem apresentar vários perfis, trazemos aqui as principais características classificadas em dois perfis: dependente submisso e dependente dominador.
Dependente Submisso
1- Projeta suas expectativas na outra pessoa e depende da outra pessoa para ser feliz, ser capaz e tomar decisões.
2- Faz muitos sacrifícios para manter o relacionamento. Se coloca sempre em segundo plano, faz tudo pelo amado para manter a pessoa sempre por perto (e alimentar a dependência).
3- Tem medo de assumir a responsabilidade pela própria vida, tomar decisões erradas e ser rejeitadx, então não toma decisões sozinhx.
4- Tem dificuldade de dizer não e discordar da pessoa amada por medo de ficar sozinhx ou ser rejeitado.
5- Não tem interesse em outras amizades.
6- Não reconhece o próprio valor, acha o mérito das suas conquistas está nx parceirx.
7- Estimula as outras pessoas em qualquer atividade ou ação, mas não tem motivação para seguir com os próprios sonhos ou desejos.
8- Acha que não consegue viver sem x parceirx.
9- Não desenvolve planos pessoais que envolvam outra pessoa, não tem hobby, não estuda, tudo o que você faz é com x parceirx ou pelx parceirx e acha que ele deve ter a mesma dependência em você.
Dependente Dominador
1- Pressiona, chantageia ou briga e faz de tudo (de maneira errada) para que a outra pessoa fique com elx.
2- Não consegue se sentir bem quando está sozinhx, diz para o parceiro que não sabe o que fazer quando está sozinhx.
3- Tem muito ciúme, de forma exagerada. Tem muita necessidade de atenção exclusiva dx parceirx. Acha motivo para briga ou desconfiança em tudo o que ele faz, nos status, fotos, comentários, nos horários de visualização.
4- Tem insegurança no relacionamento, costuma ser possessivx ou controladorx, e enlouquece quando não está com x parceirx ou tentando adivinhar o que ele está fazendo.
5- Inventou umx príncipe/princesa encantadx na cabeça, esquece que que está num relacionamento com uma pessoa real e transforma o relacionamento na fantasia que criou, sem ver seus próprios comportamentos destrutivos (destrutivos para si e para a outra pessoa).
6- Acha que a outra pessoa deve ter olhos e todas as atenções voltadas para si. Acha que deve privar a outra pessoa inclusive de ver, falar, ter contato, quiçá ajudar a família por medo de perder ou de que a família lhe diga que não devem ficar juntos, por exemplo ou de dividir a pessoa com a família.
7- Faz birras, tem crises, não consegue cooperar, se rebela com facilidade. Acha que merece toda atenção dx parceirx e se revolta quando não recebe.
Nada disso é saudável, nem para a relação, nem para a pessoa como indivíduo. Dependência Emocional é uma patologia e precisa ser tratada, devemos ajudar e não julgar.
"Esse vício é tão destrutivo que pode minar o indivíduo, reduzir seu desenvolvimento social, profissional e recreativo, pode causar explosões descontroladas de ciúmes, pode fazer alguém se manter em uma relação doentia e ter medo de sair, pode acabar com um relacionamento e ser causa de perseguição e mandados judiciais de afastamento, no melhor dos casos, ele desgasta e suga a energia". Sim, ainda estamos falando da DEPENDÊNCIA EMOCIONAL.
Dizem por aí que é melhor prevenir do que remediar, não é?
Mas para prevenir, é preciso conhecer. Não tem como prevenir se você não sabe qual é a causa.
Você já entendeu que Dependência Emocional começa quando alguém coloca sobre a outra pessoa seus desejos e expectativas e vive em função disso, mas acaba se frustrando quando a pessoa não age como ela esperava. E quando ela age, fica dependente, vicia naqueles momentos e faz birras, ou deixa de tomar decisões por si, para ter mais daqueles poucos esperados momentos. Você também viu exemplos de situações que podem caracterizar Dependência Emocional e já consegue identificá-las.
Mas o que causa a Dependência Emocional, para que possamos de fato prevenir ter mais recursos para lutar contra esse inimigo?
Duas grandes situações, que ocorreram de maneira constante ou com alto impacto emocional na vida de alguém, podem ser a causa da dependência: Carência e Medo.
Dependente Submisso
1- Projeta suas expectativas na outra pessoa e depende da outra pessoa para ser feliz, ser capaz e tomar decisões.
2- Faz muitos sacrifícios para manter o relacionamento. Se coloca sempre em segundo plano, faz tudo pelo amado para manter a pessoa sempre por perto (e alimentar a dependência).
3- Tem medo de assumir a responsabilidade pela própria vida, tomar decisões erradas e ser rejeitadx, então não toma decisões sozinhx.
4- Tem dificuldade de dizer não e discordar da pessoa amada por medo de ficar sozinhx ou ser rejeitado.
5- Não tem interesse em outras amizades.
6- Não reconhece o próprio valor, acha o mérito das suas conquistas está nx parceirx.
7- Estimula as outras pessoas em qualquer atividade ou ação, mas não tem motivação para seguir com os próprios sonhos ou desejos.
8- Acha que não consegue viver sem x parceirx.
9- Não desenvolve planos pessoais que envolvam outra pessoa, não tem hobby, não estuda, tudo o que você faz é com x parceirx ou pelx parceirx e acha que ele deve ter a mesma dependência em você.
Dependente Dominador
1- Pressiona, chantageia ou briga e faz de tudo (de maneira errada) para que a outra pessoa fique com elx.
2- Não consegue se sentir bem quando está sozinhx, diz para o parceiro que não sabe o que fazer quando está sozinhx.
3- Tem muito ciúme, de forma exagerada. Tem muita necessidade de atenção exclusiva dx parceirx. Acha motivo para briga ou desconfiança em tudo o que ele faz, nos status, fotos, comentários, nos horários de visualização.
4- Tem insegurança no relacionamento, costuma ser possessivx ou controladorx, e enlouquece quando não está com x parceirx ou tentando adivinhar o que ele está fazendo.
5- Inventou umx príncipe/princesa encantadx na cabeça, esquece que que está num relacionamento com uma pessoa real e transforma o relacionamento na fantasia que criou, sem ver seus próprios comportamentos destrutivos (destrutivos para si e para a outra pessoa).
6- Acha que a outra pessoa deve ter olhos e todas as atenções voltadas para si. Acha que deve privar a outra pessoa inclusive de ver, falar, ter contato, quiçá ajudar a família por medo de perder ou de que a família lhe diga que não devem ficar juntos, por exemplo ou de dividir a pessoa com a família.
7- Faz birras, tem crises, não consegue cooperar, se rebela com facilidade. Acha que merece toda atenção dx parceirx e se revolta quando não recebe.
Nada disso é saudável, nem para a relação, nem para a pessoa como indivíduo. Dependência Emocional é uma patologia e precisa ser tratada, devemos ajudar e não julgar.
"Esse vício é tão destrutivo que pode minar o indivíduo, reduzir seu desenvolvimento social, profissional e recreativo, pode causar explosões descontroladas de ciúmes, pode fazer alguém se manter em uma relação doentia e ter medo de sair, pode acabar com um relacionamento e ser causa de perseguição e mandados judiciais de afastamento, no melhor dos casos, ele desgasta e suga a energia". Sim, ainda estamos falando da DEPENDÊNCIA EMOCIONAL.
Dizem por aí que é melhor prevenir do que remediar, não é?
Mas para prevenir, é preciso conhecer. Não tem como prevenir se você não sabe qual é a causa.
Você já entendeu que Dependência Emocional começa quando alguém coloca sobre a outra pessoa seus desejos e expectativas e vive em função disso, mas acaba se frustrando quando a pessoa não age como ela esperava. E quando ela age, fica dependente, vicia naqueles momentos e faz birras, ou deixa de tomar decisões por si, para ter mais daqueles poucos esperados momentos. Você também viu exemplos de situações que podem caracterizar Dependência Emocional e já consegue identificá-las.
Mas o que causa a Dependência Emocional, para que possamos de fato prevenir ter mais recursos para lutar contra esse inimigo?
Duas grandes situações, que ocorreram de maneira constante ou com alto impacto emocional na vida de alguém, podem ser a causa da dependência: Carência e Medo.
CARÊNCIA E MEDO
Que se ramificam nas causas abaixo:
-> Baixa tolerância ao sofrimento
"Não sei lidar com a dor, preciso de alguém para me proteger dela". A consequência é terrível: medo do desconhecido e apego ao passado.
Comum em quem foi superprotegido durante a infância, a baixa tolerância ao sofrimento faz com que a pessoa seja incapaz de sequer pensar em renunciar a algo que goste e, ao mesmo tempo, de tomar conta de si mesmx.
A dependência é de ter alguém que seja responsável por elx. Para essa pessoa, a realidade, pode ser muito ameaçadora.
-> Baixa tolerância à frustração
"O mundo gira ao meu redor e se algo não sai como eu gostaria, tenho raiva e faço birra". No fundo, a causa é o medo do abandono e da rejeição e a carência de estabilidade.
A dependência é de ter alguém que esteja por perto e lhe dê um mínimo de estabilidade.
-> Ilusão de permanência
"Daqui até a eternidade." O medo excessivo de perder resulta em carência descontrolada e derruba a autoconfiança. Nada saudável para o relacionamento. A obsessão com o parceiro sufoca e acaba sendo causa de muitos rompimentos.
-> Baixa auto-estima e necessidade de afeto
"Se elx se interessa por mim, deve ter algo errado com elx"; "Se eu faço as vontades delx, elx nunca me abandonará";
O resultado é abrir mão da própria vida e individualidade em função da outra pessoa ou do relacionamento. A situação se agrava se o relacionamento é abusivo, a baixa auto-estima resulta na crença debilitada de não merecer "algo melhor" ou de que "não vai encontrar nada melhor".
-> Baixo auto controle e necessidade ser admiradx
"Elx precisa me reconhecer"; "Não sou dignx de admiração".
Dois perfis se desdobram daqui, o que tem necessidade extrema de ser admirado e o que vive desapontado consigo mesmo.
A carência por reconhecimento e adulação resultam em ciúmes descontrolados e, se alguém lhe demonstra um pouco de admiração, a dependência logo surge.
Todas as causas podem se conectar de alguma forma, essa separação é didática para facilitar o reconhecimento do terreno. Esse reconhecimento é o primeiro passo da transformação.
Tem alguma forma de vencer a dependência emocional?
Tem sim. Um vício não se cura de um dia para o outro, mas com certeza é possível curar, Melhor ainda, é possível desenvolver:
Que se ramificam nas causas abaixo:
-> Baixa tolerância ao sofrimento
"Não sei lidar com a dor, preciso de alguém para me proteger dela". A consequência é terrível: medo do desconhecido e apego ao passado.
Comum em quem foi superprotegido durante a infância, a baixa tolerância ao sofrimento faz com que a pessoa seja incapaz de sequer pensar em renunciar a algo que goste e, ao mesmo tempo, de tomar conta de si mesmx.
A dependência é de ter alguém que seja responsável por elx. Para essa pessoa, a realidade, pode ser muito ameaçadora.
-> Baixa tolerância à frustração
"O mundo gira ao meu redor e se algo não sai como eu gostaria, tenho raiva e faço birra". No fundo, a causa é o medo do abandono e da rejeição e a carência de estabilidade.
A dependência é de ter alguém que esteja por perto e lhe dê um mínimo de estabilidade.
-> Ilusão de permanência
"Daqui até a eternidade." O medo excessivo de perder resulta em carência descontrolada e derruba a autoconfiança. Nada saudável para o relacionamento. A obsessão com o parceiro sufoca e acaba sendo causa de muitos rompimentos.
-> Baixa auto-estima e necessidade de afeto
"Se elx se interessa por mim, deve ter algo errado com elx"; "Se eu faço as vontades delx, elx nunca me abandonará";
O resultado é abrir mão da própria vida e individualidade em função da outra pessoa ou do relacionamento. A situação se agrava se o relacionamento é abusivo, a baixa auto-estima resulta na crença debilitada de não merecer "algo melhor" ou de que "não vai encontrar nada melhor".
-> Baixo auto controle e necessidade ser admiradx
"Elx precisa me reconhecer"; "Não sou dignx de admiração".
Dois perfis se desdobram daqui, o que tem necessidade extrema de ser admirado e o que vive desapontado consigo mesmo.
A carência por reconhecimento e adulação resultam em ciúmes descontrolados e, se alguém lhe demonstra um pouco de admiração, a dependência logo surge.
Todas as causas podem se conectar de alguma forma, essa separação é didática para facilitar o reconhecimento do terreno. Esse reconhecimento é o primeiro passo da transformação.
Tem alguma forma de vencer a dependência emocional?
Tem sim. Um vício não se cura de um dia para o outro, mas com certeza é possível curar, Melhor ainda, é possível desenvolver:
INDEPENDÊNCIA EMOCIONAL.
Antes de saber como, você deve entender que independência emocional é diferente de frieza ou endurecimento do coração. Não podemos viver sem afeto, mas podemos amar sem nos escravizarmos. Um relação saudável, sem dependência, permite que os dois ainda sejam indivíduos, consigam cuidar juntos da relação, e cuidar um do outro, terminando cada dia com seus tanques de amor cheios.
O relacionamento é um projeto de longo prazo, por isso o caminho exige paciência.
Para que a independência emocional aconteça, alguns princípios devem ser considerados:
1º princípio: explorar o novo
A dependência faz com que o foco do dependente se volte unicamente para x parceirx, o restante das áreas da vida perdem a força ou se tornam desinteressantes.
Ao ir direcionando, aos poucos, a atenção para outras áreas, o equilíbrio volta como forma restabelecendo o pilar emocional.
- Algumas formas de explorar o novo:
a) Liste possíveis hobbies que gostaria de ter, já teve ou observando o que outras pessoas fazem.
b) Liste planos e sonhos que você fazia antes do relacionamento ou quando era mais jovem.
c) Liste as suas qualidades.
d) Liste os elogios que já recebeu.
Dessas litas, veja tudo o que pode ser transformado em ação.
Antes de saber como, você deve entender que independência emocional é diferente de frieza ou endurecimento do coração. Não podemos viver sem afeto, mas podemos amar sem nos escravizarmos. Um relação saudável, sem dependência, permite que os dois ainda sejam indivíduos, consigam cuidar juntos da relação, e cuidar um do outro, terminando cada dia com seus tanques de amor cheios.
O relacionamento é um projeto de longo prazo, por isso o caminho exige paciência.
Para que a independência emocional aconteça, alguns princípios devem ser considerados:
1º princípio: explorar o novo
A dependência faz com que o foco do dependente se volte unicamente para x parceirx, o restante das áreas da vida perdem a força ou se tornam desinteressantes.
Ao ir direcionando, aos poucos, a atenção para outras áreas, o equilíbrio volta como forma restabelecendo o pilar emocional.
- Algumas formas de explorar o novo:
a) Liste possíveis hobbies que gostaria de ter, já teve ou observando o que outras pessoas fazem.
b) Liste planos e sonhos que você fazia antes do relacionamento ou quando era mais jovem.
c) Liste as suas qualidades.
d) Liste os elogios que já recebeu.
Dessas litas, veja tudo o que pode ser transformado em ação.
Escolha as cinco coisas que mais te fariam bem.
Coloque-as em ordem de prioridade e separe alguns minutos por dia para focar nelas.
Essa é uma forma de exercitar sua auto-estima e auto-controle, percebendo o mundo por outras perspectivas, aumentando sua flexibilidade e trazendo uma visão diferente para a relação.
2º principio: autonomia e cuidar de si mesmx
A auto-estima baixa como causa da dependência pode ser revertida com ações pequenas que façam a atenção dx dependente voltar para si.
É importante que a mudança não seja muito grande ou impactante para que a energia não acabe em alguns dias. Se o objetivo for simples, tão fácil que seja impossível não cumprir, a tendência é que o indivíduo desenvolva o hábito com mais facilidade. Ao desenvolver um hábito, a mudança de comportamento se torna automática.
A explicação é bem simples, se você estabelece como meta, por exemplo, caminhar por três minutos, todo dia, vai perceber que caminhar por três minutos é tão simples que seria ridículo não cumprir. Depois de começar, vai ser muito mais fácil caminhar por 10, ou 15 minutos, e todo dia você terá superado a própria meta, sua mente irá liberar hormônios do prazer e da satisfação e cada dia vai ser bem mais fácil.
Se a meta estabelecida for longa, ex. caminhar por uma hora, três vezes por semana, a própria meta irá desanimar, e mesmo que você saia, se caminhar por meia hora, terá cumprido apenas metade do objetivo, o resultado é a frustração e desânimo.
Antes de estarmos em um relacionamento, somos indivíduos, e como indivíduos precisamos que nossa independência e autonomia estejam presentes na relação. Algumas outras formas de desenvolver autonomia:
- Liste coisas que você gosta de fazer, como ler, cozinhar, jogar algum jogo, fazer jardinagem, ir a algum lugar.
Escolha, dessa lista, uma coisa e estabeleça como meta fazer isso por você, por apenas alguns minutos todo dia.
- Pense em algo que você gostaria de fazer pela sua aparência física, como cuidar melhor do cabelo, da pele, fazer maquiagem ou então a barba, um exercício físico, qualquer coisa desde que seja por você. Estabeleça um dia e horário para começar. Importante: esse dia e horário não devem passar de amanhã.
O medo de ficar sozinhx, de não encontrar "outra pessoa", a pressão da família ou da sociedade por "estar em um relacionamento" ou mesmo acreditar que precisa de outra pessoa para viver, é uma das fontes da Dependência Emocional.
Construir um relacionamento com base no medo ou na insegurança é como construir uma casa sobre pilares de madeira podre. Será muito difícil ficar em pé. Mas tem mais dois princípios que podem ajudar a transformar esses pilares em algo realmente forte e à prova de vento e fogo:
3º princípio: auto-suficiência e auto eficácia
Depender de alguém para sobreviver fazia muito mais sentido quando precisávamos caçar e nos proteger de predadores. O mundo não é mais assim, mas o cérebro humano às vezes se engana e esquece que os predadores já não são mais os mesmos, que nosso vizinho fica a dois metros de distância e que podemos pedir comida por aplicativo.
A ideia de um bom relacionamento, é que os dois sejam inteiros como pessoas, e não metades, e que juntos possam ser ainda mais e melhores. Quando uma parte se diminuiu ou então dá toda sua energia para a outra, o relacionamento se desequilibra. E saber que cada um é capaz de fazer as coisas por si, de tomar suas próprias decisões, de dialogar em vez de brigar, e de escolher ceder, por própria vontade e consciência, e não por medo de perder ou por ciúmes, é um caminho para uma relação saudável e independência emocional.
Para começar a se transformar e virar um pilar forte no relacionamento, tem duas coisas que você pode fazer:
a) Faça as pazes com a solidão. Deixe sua mente entender que você está no relacionamento por que os dois são ainda melhores juntos, por que escolheram assim, e não por que tem medo de ficar sozinhos. A solidão não morde e pode, inclusive, nos ensinar muito. Parar para refletir, sem interferência de mídias sociais, televisão, familiares, vai te ajudar a desenvolver auto-consciência. E a auto-suficiência e auto-eficácia serão consequência.
b) Vença seus medos. Alguns medos são mais profundos e primitivos, mas você pode aprender a lidar com eles se começar com pequenos passos, vencendo medos menores. Se você ultrapassar uma barreira pequena, como medo de falar em grupos grandes, ou de algum animal, ou de conhecer algo diferente (ou o que você pensar), estará mais preparadx para enfrentar medos maiores. Logo a Dependência Emocional não passará de uma pequena barreira, já que você estará totalmente confortável consigo mesmx.
4º princípio – o sentido da vida
Não é familiar para todos e nem tão confortável pensar sobre sentido da vida. Mas podemos traduzi-lo de duas formas que vão te ajudar a desenvolver Independência Emocional. Pensar em agir por algo maior e encontrar um propósito faz com que coisas pequenas, picuinhas ou coisas na relação que, se você observar bem, não são motivos para discórdia, te tornarão mais fortes. E sendo mais forte, seu relacionamento, automaticamente, será mais forte também.
Auto realização
Descubra seu talento. Se alguém lhe pedir para fazer uma lista das suas qualidades e defeitos, aposto que sua lista de defeitos será maior. Mas não significa que seja verdade. Temos, naturalmente, dificuldade de ver nossas próprias qualidades, e o motivo é bem simples: se é algo que somos bons, uma qualidade, nos parece tão natural e óbvio que não notamos que para outras pessoas pode não ser. Por exemplo.: Para alguém que é extremamente gentil, gentileza é algo irrisório para elx, comum e não algo que deva ser tratado como grandioso. Mas não percebe que nem todos conseguem ser gentis dessa forma.
Aqui, propomos que ignore a tradicional lista de defeitos e foque-se exclusivamente em listar as coisas que você faz bem. Se lhe parece muito óbvio, coloque na lista mesmo assim. Se mesmo assim sentir dificuldades em escrever suas qualidades, pergunte às pessoas próximas a você "o que você acha que faço bem, que qualidades você acha que tenho?". Pessoas de fora podem ver nossas qualidades com mais clareza do que nós mesmos.
Da sua lista. Separe o que realmente te agrada, veja o que você pode transformar em ação e que te faria muito feliz se pudesse fazer sempre.
Essa é uma forma de exercitar sua auto-estima e auto-controle, percebendo o mundo por outras perspectivas, aumentando sua flexibilidade e trazendo uma visão diferente para a relação.
2º principio: autonomia e cuidar de si mesmx
A auto-estima baixa como causa da dependência pode ser revertida com ações pequenas que façam a atenção dx dependente voltar para si.
É importante que a mudança não seja muito grande ou impactante para que a energia não acabe em alguns dias. Se o objetivo for simples, tão fácil que seja impossível não cumprir, a tendência é que o indivíduo desenvolva o hábito com mais facilidade. Ao desenvolver um hábito, a mudança de comportamento se torna automática.
A explicação é bem simples, se você estabelece como meta, por exemplo, caminhar por três minutos, todo dia, vai perceber que caminhar por três minutos é tão simples que seria ridículo não cumprir. Depois de começar, vai ser muito mais fácil caminhar por 10, ou 15 minutos, e todo dia você terá superado a própria meta, sua mente irá liberar hormônios do prazer e da satisfação e cada dia vai ser bem mais fácil.
Se a meta estabelecida for longa, ex. caminhar por uma hora, três vezes por semana, a própria meta irá desanimar, e mesmo que você saia, se caminhar por meia hora, terá cumprido apenas metade do objetivo, o resultado é a frustração e desânimo.
Antes de estarmos em um relacionamento, somos indivíduos, e como indivíduos precisamos que nossa independência e autonomia estejam presentes na relação. Algumas outras formas de desenvolver autonomia:
- Liste coisas que você gosta de fazer, como ler, cozinhar, jogar algum jogo, fazer jardinagem, ir a algum lugar.
Escolha, dessa lista, uma coisa e estabeleça como meta fazer isso por você, por apenas alguns minutos todo dia.
- Pense em algo que você gostaria de fazer pela sua aparência física, como cuidar melhor do cabelo, da pele, fazer maquiagem ou então a barba, um exercício físico, qualquer coisa desde que seja por você. Estabeleça um dia e horário para começar. Importante: esse dia e horário não devem passar de amanhã.
O medo de ficar sozinhx, de não encontrar "outra pessoa", a pressão da família ou da sociedade por "estar em um relacionamento" ou mesmo acreditar que precisa de outra pessoa para viver, é uma das fontes da Dependência Emocional.
Construir um relacionamento com base no medo ou na insegurança é como construir uma casa sobre pilares de madeira podre. Será muito difícil ficar em pé. Mas tem mais dois princípios que podem ajudar a transformar esses pilares em algo realmente forte e à prova de vento e fogo:
3º princípio: auto-suficiência e auto eficácia
Depender de alguém para sobreviver fazia muito mais sentido quando precisávamos caçar e nos proteger de predadores. O mundo não é mais assim, mas o cérebro humano às vezes se engana e esquece que os predadores já não são mais os mesmos, que nosso vizinho fica a dois metros de distância e que podemos pedir comida por aplicativo.
A ideia de um bom relacionamento, é que os dois sejam inteiros como pessoas, e não metades, e que juntos possam ser ainda mais e melhores. Quando uma parte se diminuiu ou então dá toda sua energia para a outra, o relacionamento se desequilibra. E saber que cada um é capaz de fazer as coisas por si, de tomar suas próprias decisões, de dialogar em vez de brigar, e de escolher ceder, por própria vontade e consciência, e não por medo de perder ou por ciúmes, é um caminho para uma relação saudável e independência emocional.
Para começar a se transformar e virar um pilar forte no relacionamento, tem duas coisas que você pode fazer:
a) Faça as pazes com a solidão. Deixe sua mente entender que você está no relacionamento por que os dois são ainda melhores juntos, por que escolheram assim, e não por que tem medo de ficar sozinhos. A solidão não morde e pode, inclusive, nos ensinar muito. Parar para refletir, sem interferência de mídias sociais, televisão, familiares, vai te ajudar a desenvolver auto-consciência. E a auto-suficiência e auto-eficácia serão consequência.
b) Vença seus medos. Alguns medos são mais profundos e primitivos, mas você pode aprender a lidar com eles se começar com pequenos passos, vencendo medos menores. Se você ultrapassar uma barreira pequena, como medo de falar em grupos grandes, ou de algum animal, ou de conhecer algo diferente (ou o que você pensar), estará mais preparadx para enfrentar medos maiores. Logo a Dependência Emocional não passará de uma pequena barreira, já que você estará totalmente confortável consigo mesmx.
4º princípio – o sentido da vida
Não é familiar para todos e nem tão confortável pensar sobre sentido da vida. Mas podemos traduzi-lo de duas formas que vão te ajudar a desenvolver Independência Emocional. Pensar em agir por algo maior e encontrar um propósito faz com que coisas pequenas, picuinhas ou coisas na relação que, se você observar bem, não são motivos para discórdia, te tornarão mais fortes. E sendo mais forte, seu relacionamento, automaticamente, será mais forte também.
Auto realização
Descubra seu talento. Se alguém lhe pedir para fazer uma lista das suas qualidades e defeitos, aposto que sua lista de defeitos será maior. Mas não significa que seja verdade. Temos, naturalmente, dificuldade de ver nossas próprias qualidades, e o motivo é bem simples: se é algo que somos bons, uma qualidade, nos parece tão natural e óbvio que não notamos que para outras pessoas pode não ser. Por exemplo.: Para alguém que é extremamente gentil, gentileza é algo irrisório para elx, comum e não algo que deva ser tratado como grandioso. Mas não percebe que nem todos conseguem ser gentis dessa forma.
Aqui, propomos que ignore a tradicional lista de defeitos e foque-se exclusivamente em listar as coisas que você faz bem. Se lhe parece muito óbvio, coloque na lista mesmo assim. Se mesmo assim sentir dificuldades em escrever suas qualidades, pergunte às pessoas próximas a você "o que você acha que faço bem, que qualidades você acha que tenho?". Pessoas de fora podem ver nossas qualidades com mais clareza do que nós mesmos.
Da sua lista. Separe o que realmente te agrada, veja o que você pode transformar em ação e que te faria muito feliz se pudesse fazer sempre.
Se você é gentil, veja como pode usar essa gentileza. Se você se comunica bem, veja onde pode gerar transformação com sua comunicação. Se você encontrar algo que pagaria para fazer, melhor ainda.
O resultado será alguém muito realizadx. Uma pessoa que sente que faz a diferença tem confiança e força, características de alguém com inteligência emocional.
Espiritualidade
Buscar significado no que transcende o tangível faz com que o indivíduo se sinta parte de algo maior, o que também resulta em confiança e força. Independente da sua fé, ou se você simplesmente acredita no bem e na humanidade, crer que faz parte de um sistema maior do que você mesmo, te dá força e apoio para vencer o que quer que deseje. Por isso estimulamos tanto o desenvolvimento do pilar espiritual.
Perceba que tudo isso te traz consciência sobre pontos que podem estar no seu ponto cego hoje, e te treina para ser mais forte e independente, impactando diretamente no seu relacionamento. Você é parte importante da relação, um pilar que se estiver forte, torna a vida a dois mais forte. Por isso, ao se desenvolver, desenvolve também a relação.
Agora vamos falar de auto engano e respeito e dignidade pessoal e ciúmes.
AUTO ENGANO
O auto engano acontece quando somos parciais sobre algo. Ver o quadro todo pode ser complicado e dolorido para quem tem dependência emocional.
Uma forma de enfrentar a dependência é começar olhando o relacionamento como ele realmente é. Quando você entra em um relacionamento, precisa saber que a outra pessoa é humana, com suas falhas e manias, mas também suas habilites e qualidades. No relacionamento, é preciso ver os dois lados dx parceirx, assim como os nossos próprios dois lados.
Admitir que há algo errado nem sempre é fácil, mas é a primeira coisa a se fazer para vencer a dependência emocional. Ver a relação como ela realmente é vai ajudar a livrar-se do auto engano.
RESPEITO E DIGNIDADE PESSOAL
A dependência emocional corrompe, é tão perigosa que a pessoa abre mão dos seus valores e princípios, da sua identidade, e em vários casos, esforça-se para obrigar o alvo da dependência a abrir mão dos próprios valores. Tem comportamentos que vão desde a crise de ciúmes ou de raiva, manipulação, até auto-mutilação ou tentativas de suicídio – isso não é uma forma de banalizar esses comportamentos, pelo contrário, é uma forma de mostrar com o assunto é sério e como é importante que uma pessoa com dependência emocional se cuide.
A frase “Ama o próximo como a ti mesmo” também tem o poder de demonstrar o quanto amar a si é importante. Não existe magia num relacionamento, é preciso esforça e dedicação das duas partes. Mas quando uma parte deixa sua identidade de lado, ou tenta alterar a identidade ou controlar o outro, o respeito e a dignidade falham, e o relacionamento fica capenga – nos dois casos, quando o dependente falta com respeito a si mesmo e quando falta com respeito à outra pessoa. O amor não é amor de verdade quando não há respeito envolvido. Cedo ou tarde, o equilíbrio entre dar e receber precisa prevalecer na relação, se não, não há como ter um relacionamento saudável.
Menosprezar as necessidades e valores do parceiro são uma forma de desrespeito então é muito importante que seja uma via de mão dupla. Se alguém se diminui para receber afeto, principalmente nos casos de dependência, logo virará tédio e perderá o respeito da outra pessoa, desgastando qualquer chance de o relacionamento vingar. Mais um motivo para priorizar sempre seu respeito e dignidade pessoal. Se alguém te diminuiu, humilha ou fere, ainda mais se for com frequência, pense duas vezes se esse alguém merece seu amor. Suportar mal tratos não são uma forma de amor, são apenas dependência.
Ceder, fazer os desejos da outra pessoa desde que não firam seus valores, agradar, dar mimos, são formas saudáveis de amar e ser amado. Mas de nenhuma forma, deve-se atentar-se contra si mesmo em favor do outro.
Num relacionamento, as duas partes devem amar e respeitar uma a outra. Se nenhuma das duas coisas ocorre, o relacionamento não se sustenta. Mire o respeito ao outro e o auto respeito sempre, que você terá uma referência do que fazer quando o assunto é dependência emocional. Jamais negocie princípios. Se sua mente se acostumar a não ceder no que é importante para você, e jamais abrir mão da própria identidade, você estará no caminho para ser emocionalmente independente e para estar num relacionamento saudável.
Além da dependência emocional, um grande destruidor de relacionamentos: o ciúme.
Em algumas relações, existe a crença de que o ciúmes é um tipo de prova de amor ou que "o outro não ama se não sente ciúmes". Na prática, esse tipo de pensamento limita o desenvolvimento do relacionamento.
O ciúme só é genuíno se há um motivo real e justificado por causa do amor, por que uma parte ama e quer a outra de volta, pela saudade, não pelo apego ou ego.
O ciúme sem um motivo legítimo comprovado se opõe ao amor, é movido pelo egoísmo e pela inveja, por isso é tão nocivo e destrói tantos relacionamentos.
Vencer o ciúme exige paciência, e as dicas abaixo podem ajudar:
a) Ressignifique: a realidade tem o significado que nós atribuímos a ela. Se você pode olhar para uma situação e dizer o que ela significa, e outra pessoa olhar para a mesma situação e dar um significado diferente, quer dizer que para uma mesma situação, pode haver mais de um significado. E se é você quem atribui esse significado, você também pode mudá-lo. Pense sempre em como uma versão sua, livre de ciúmes faria. Se x parceirx atrasou para chegar, não é verdade que elx pode ter pego trânsito, parado para conversar com alguém, perdido o horário, ficado sem bateria, parado antes para ajudar a família? milhares de outras coisas podem ter acontecido, se aceitar como verdadeiro o primeiro significado que sua mente dá, e ele for baseado em ciúmes, só haverá ansiedade desnecessária na relação.
b) Cuide do seu eu: sua auto estima influencia muito no seu nível de ciúmes. Ciúmes também tem origem na insegurança, e o indivíduo seguro de si, que se conhece e conhece x parceirx o suficiente para amá-lx não tem motivos para esperar que x parceirx faça algo escondido.
Vai lá e Transforme Seu Relacionamento!
Grande abraço, Debora e Emerson Srocinski.